Prescrição de natureza; médicos prescrevem doses ao ar livre como forma de tratamento

Imagem – Claudia Honegger

Um conjunto de estudos mostra que o tempo gasto na natureza pode trazer grandes benefícios para a saúde física e mental.

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Sabemos que estar na natureza, respirando ar puro, faz muito bem para o corpo e a alma e um conjunto de estudos realizados na Austrália prova que isso é verdade; o tempo gasto na natureza, principalmente em torno de árvores, pode melhorar a saúde física e mental.

Os pesquisadores acreditam que mais médicos deveriam prescrever o ‘uso’ da natureza para seus pacientes. Para os estudiosos, seria interessante que um tempo estipulado para estar cercado de plantas, sons de pássaros e flores fosse prescrito por um médico do mesmo jeito que ele faz com um remédio, estipulando doses e horários.

Uma das pesquisas realizadas mostrou que as prescrições de natureza, conforme definidas, beneficiaram a contagem diária de passos, os índices de depressão e ansiedade e a pressão arterial. Outra pesquisa apontou que mais de 80% das pessoas entrevistadas foram receptivas à ideia do médico receitar períodos ao ao ar livre como forma de tratamento.

Na Austrália, a prescrição de natureza ainda não é comum, apesar do comprovado benefício potencial da prática. Um dos 28 estudos analisados ​​incluiu 47.000 pessoas no estado australiano de Nova Gales do Sul e encontrou maior bem-estar relatado naqueles que vivem em locais onde o percentual de áreas cercadas de verde é maior, sugerindo que as árvores têm um papel essencial em qualquer prescrição de natureza.

As prescrições de natureza estão surgindo como um complemento aos cuidados médicos padrão. Por exemplo, o governo do Reino Unido recentemente investiu mais de £5 milhões, ou seja, mais de R$30 milhões, em um programa piloto para ‘prescrições sociais verdes’ e o Canadá também já criou um programa nacional de prescrições naturais. Pesquisadores acreditam que as prescrições naturais podem, no futuro, ser integradas ao sistema de saúde como parte dos cuidados de rotina, e provavelmente custaria pouco para o indivíduo e para o próprio sistema de saúde.

 

 

 

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