Segundo novas pesquisas, engajamento nas redes sociais e atividade física na meia-idade podem ser o segredo para a uma boa velhice.
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Cultivar bons relacionamentos com a família, amigos e colegas de trabalho e praticar exercícios físicos pelo menos uma vez por mês podem contribuir para uma melhor saúde física e mental na velhice, isso de acordo com dois novos trabalhos publicados pelo British Medical Journal. As novas pesquisas indicam quais práticas adotadas na meia-idade podem resultar em uma boa saúde mais tarde na vida.
O primeiro estudo descobriu que relacionamentos afetivos satisfatórios estão ligados a um menor risco de problemas de saúde a longo prazo. Entre 40 e 50 anos de idade, quanto menos satisfatórios forem esses relacionamentos, maior o risco de adquirir várias doenças mais tarde na vida. Entra então as redes sociais; mais e mais evidências sugerem uma ligação entre o engajamento nas redes com boa saúde e bem-estar na terceira idade.
Durante 20 anos, quase 8.000 mulheres na Austrália foram monitoradas para ver se desenvolviam algum tipo de condição como diabetes, hipertensão, doença cardíaca, asma, câncer, depressão, ansiedade, entre outras. No início do estudo, em 1996, todas elas, com idades entre 45 e 50 anos, estavam livres de 11 condições comuns. A cada três anos elas relatavam seus níveis de satisfação com seus parceiros, familiares, amigos e trabalho.
Aquelas que relataram o menor nível de satisfação com suas relações sociais tiveram o dobro do risco de desenvolver múltiplas doenças em comparação com aquelas que relataram os mais altos níveis de satisfação, descobriram os pesquisadores. Os resultados destacam “os benefícios de iniciar ou manter relações sociais diversificadas e de alta qualidade durante a meia-idade e o início da velhice”.
O segundo estudo descobriu que a atividade física regular, em qualquer idade, está ligada a uma melhor função cerebral na velhice. Uma rotina de exercícios durante a vida adulta parece ser o melhor meio para preservar a saúde mental e a memória e, evitar condições como a demência.
Foram coletados dados de 1.417 pessoas e quanto exercício físico elas fizeram ao longo de quatro décadas. As pesquisas foram realizadas cinco vezes ao longo da vida adulta, quando as pessoas tinham 36, 43, 53, 60 a 64 e 69 anos. Aquelas que eram fisicamente ativas pelo menos uma a quatro vezes por mês, em todas as cinco pesquisas separadas, tiveram o melhor desempenho nos testes cognitivos.
Globalmente as pessoas estão vivendo mais e, o número de pessoas ultrapassando os 80 anos deve triplicar entre 2020 e 2050, chegando a 426 milhões. Para os pesquisadores, os estudos mostram que manter atividade física e social é importante durante toda a vida e que nunca é tarde para começar.