Estudo aponta que jogar Tetris pode prevenir traumas psicológicos profundos

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Estudo aponta que jogar Tetris após um evento traumático pode reduzir a incidência de memórias intrusivas.

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De acordo com estudo, jogar Tetris até 6 horas após um evento traumático, durante 20 minutos, pode reduzir a frequência e a formação de memórias dolorosas e persistentes.

Cientistas do Reino Unido e da Suécia pesquisaram os efeitos positivos que o jogo criado em 1985 pelo engenheiro soviético Alexey Pajitnov pode ter na prevenção de memórias estabelecidas depois de um acidente de carro.

Publicados pela primeira vez em 2017, os resultados desta pesquisa apontam que o movimento dos olhos durante um jogo de Tetris, pode ajudar a não deixar que eventos traumáticos fiquem tão enraizados na memória.

A equipe da psicóloga Emily Holmes, professora de psicologia no Instituto Karolinska, na Suécia, observou 71 pacientes que se apresentaram no John Radcliffe Hospital A&E em Oxford, Inglaterra, após sofrerem um acidente de carro.

Uma parte do grupo foi escolhido aleatoriamente e colocado para jogar Tetris por 20 minutos, enquanto a outra parte foi convidada a preencher um relatório sobre o que haviam sentido desde o momento que chegaram ao hospital.

Os pacientes que jogaram Tetris experimentaram 62% menos memórias intrusivas na primeira semana após seus acidentes, assim como suas memórias ruins, que reduziram mais rapidamente, em comparação ao outro grupo.

No site da universidade britânica, Holmes explicou como o Tetris pode ser um aliado no tratamento de pessoas com o Transtorno do Estresse Pós Traumático, (TEPT): “Como o jogo exige muito da visão, nós queríamos ver se era possível impedir a fixação de lembranças traumáticas interrompendo o processo de consolidação delas no cérebro.”

Embora o estudo tenha um escopo relativamente pequeno, os cientistas por trás dele acreditam que os resultados são positivos o suficiente para justificar um estudo de acompanhamento maior sobre os efeitos positivos do Tetris em um trauma.

“Mais pesquisas são definitivamente necessárias para desenvolver essa abordagem,” declarou Holmes; “Mas estamos encorajados. E precisamos desenvolver intervenções preventivas que possam ser aplicadas logo após o trauma para evitar o acúmulo de sintomas.”

 

 

 

Redação Cláudia: