A Estação da Luz se tornou um importante ponto da capital paulista, por ser um local que recebe, diariamente, milhares de pessoas e também pela beleza inspiradora de sua arquitetura, que mereceu tombamento do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat) e a admiração do atento e nostálgico olhar paulista.
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Em 1867 era inaugurada pela empresa Inglesa São Paulo Railway o lastro ferroviário que ligava Santos a Jundiaí, com extensão de 159 quilômetros e passagem por São Paulo justamente na Estação da Luz e Cubatão. Na mesma data, 16 de fevereiro, as estações Água Branca, Perus e Francisco Morato, da atual Linha 7-Rubi, e São Caetano do Sul, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra da Linha 10-Turquesa, foram postas em operação.
O prédio original funcionou até pelo menos 1888. O rápido crescimento de passageiros e a necessidade de escoamento de produção exigiam mais espaço e estrutura e, em 1° de março de 1901, finalmente, é colocada em operação a instalação que conhecemos hoje. Ao longo do tempo a estação teve reparos. Umas das mais importantes intervenções foi a obra para anexar o Museu da Língua Portuguesa, hoje restaurado após o incêndio de grandes proporções ocorrido em 2015.
Olhares curiosos devem se perguntar de onde veio a ideia de construir uma estação tão cheia de personalidade e forte o bastante para estar em pleno estado de conservação, mesmo após um século e uma operação diária pesada. Esses atenciosos olhares também devem perceber a semelhança com a arquitetura inglesa dominante no século de XIX e início do XX. Além do investimento inglês, o idealizador da planta, a maior parte dos materiais vinha da Inglaterra e, por isso, a ferrovia ficou conhecida como “Ingleza”.
Em 1982, a Condephaat confirmou o tombamento do local como patrimônio histórico. A estrutura do local se encaixa no estilo neoclássico liderado pelo britânico Charles Driver, que trouxe elementos arquitetônicos góticos como as torres paralelas em referência às da Abadia londrina de Westminster e o Relógio inspirado no Big Ben. Em 2020, a CPTM em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo, Fundação Roberto Marinho e Órgãos de preservação do Patrimônio, iniciou o restauro e pintura das fachadas e torreões da Estação da Luz.
Com 13,2 mil metros quadrados de área, a estação dá acesso a duas linhas da CPTM: Linha 7-Rubi e Linha 11-Coral (Luz-Estudantes), além das integrações gratuitas com as Linhas 1-Azul e 4-Amarela, do Metrô. A estação recebe uma média de 250 mil passageiros por dia útil e os trens da CPTM realizam diariamente cerca de 840 viagens.