Enfermeira de clínica de cuidados paliativos explica o que acontece na hora da morte e porque não devemos ter medo desse momento.
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Julie McFadden é uma enfermeira de uma clínica de cuidados paliativos, ela tem milhões de seguidores em suas contas nas redes sociais por falar aberta e francamente sobre o que acontece quando uma pessoa morre.
McFadden acredita que a morte deve ser considerada um processo natural e que não devemos ter medo, já que o próprio corpo se prepara para esse momento. Em um de seus vídeos no YouTube, intitulado “por que você não deveria ter medo de morrer”, a enfermeira explica que o corpo possui mecanismos preparados para ‘desligarem’ para que tudo ocorra de forma ‘pacífica’.
“Não tenho medo da morte e aqui está a ciência por trás disso: nosso corpo nos ajuda biologicamente a morrer, então aqui está o que vi e aprendi como enfermeira de uma clínica de cuidados paliativos ao longo dos anos: nosso corpo é literalmente construído para morrer”, diz ela.
McFadden revela que os corpos começam a desligar lentamente nos seis meses que antecedem a morte, afirmando que a pessoa então começa a “comer menos, beber menos e dormir mais”. “Biologicamente, quando o corpo sabe que está chegando ao fim da vida, esses mecanismos são desligados, de modo que a pessoa geralmente não sente fome e não costuma sentir sede, o que ajuda o corpo a se desligar lentamente.”
A enfermeira deixa claro que doenças enfrentadas no fim da vida podem sim causar muito desconforto, mas que a morte em si, não causa nenhuma dor; o processo real, pelo qual o corpo está passando para se preparar para a morte, ajuda a pessoa em seus últimos dias.
“O corpo entra lentamente em algo chamado cetose, que libera endorfinas. No corpo daquela pessoa, essas endorfinas aliviam a dor, os nervos, e também dão à pessoa uma sensação de euforia, então ela se sente bem”, disse ela.
Ao abordar um assunto tão delicado de maneira tão transparente, a enfermeira espera educar as pessoas sobre como realmente é morrer e porque não devemos ter medo: “Há muitas razões pelas quais não temo a morte, coisas biológicas, metabólicas e fisiológicas que acontecem no corpo que realmente me confortam.”