Dr. Gabriel Magalhães comenta que transtornos mentais são recorrentes em pessoas que realizaram algum tipo de intervenção no corpo

Com relação ao Transtorno Depressivo, aproximadamente 20% dos pacientes de cirurgias plásticas estéticas relataram passar por tratamento psiquiátrico

A depressão é uma das doenças mais preocupantes e recorrentes no cenário da saúde mundial. Segundo dados divulgados pela Campanha Setembro Amarelo, organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria, Conselho Federal de Medicina e Associação Psiquiatra da América Latina, são registrados cerca de 12 mil suicídios no Brasil a cada ano e 1 milhão ao redor do mundo. Desse cenário, quase 96,8% dos casos estão relacionando com transtornos mentais, sendo o topo da lista ocupado pela depressão.

Transtorno mentais, por sua vez, são recorrentemente em pessoas que buscam intervenções estéticas segundo um estudo publicado pela Journal of the American Society of Plastic Surgeons, que analisou que cerca de 47,7% dos pacientes que procuram por uma consulta médica para fins estéticos se enquadram nos critérios para transtorno mental. Quando o cenário é focado no Transtorno Depressivo, aproximadamente 20% dos pacientes de cirurgias plásticas estéticas relataram passar por tratamento psiquiátrico e 18% por uso de medicação antidepressiva, segundo informações de outro estudo, promovido pela Universidade da Pensilvânia, publicado na mesma revista científica.

O Dr. Gabriel Magalhães é biomédico especializado em estética avançada e relata que, comumente, recebe em sua clínica pessoas com sinais depressivos, que buscam no procedimento estético, uma espécie de cura para o seu estado de tristeza constante. “Geralmente são pessoas visivelmente machucadas e que procuram nas intervenções uma solução para uma ferida que não é externa e sim, interna”, comenta.

Com o intuito de minimizar possíveis riscos ou agravamento das doenças por conta dos procedimentos, nas clínicas do Dr. Gabriel Magalhães, há um protocolo de atendimento para casos do tipo. Por meio de uma rede de colaboração que inclui psicólogos, psiquiatras e coachs, a equipe busca a melhora desse quadro, assim como o tratamento adequado antes de qualquer procedimento estético.

Segundo o especialista, esse padrão tem sido ainda mais intensivo durante os meses de pandemia, já que o cenário vem contribuindo para que pessoas desenvolvam mais e mais rápido, transtornos relacionados à saúde mental. “Para mim, é uma realidade que as pessoas enfrentaram inúmeros dilemas e travaram batalhas durante esse período que impactou, e muito, a saúde mental das pessoas. Prova disso é o aumento nos diagnósticos de depressão e infelizmente, de suicídio”, analisa.
A preocupação do biomédico é válida, analisando que estudos comprovam que durante pós-operatórios estéticos, os pacientes tendem a apresentar uma evolução que favorece o quadro depressivo. O que, caso a pessoa já conviva com pensamentos correlacionado ao suicídio, podem impactar no índice de mortes por essa causa. “O ideal é que a pessoa busque a melhora do próprio corpo como um fator de autoestima, de bem-estar. A pressão psicológica de achar que aquela cirurgia ou intervenção é o que vai solucionar um problema, que na verdade é uma doença passível de cura, não é a melhor ferramenta para lidar com isso”, recomenda.
Procure ajuda

O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.

Telefone: 188
https://www.cvv.org.br/chat/

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